Fortalecer a cultura da paz é uma missão coletiva -Miremos nos ensinamentos ancestrais
- Equipe de Comunicação Casa da Infância
- 17 de mai. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de jun. de 2023

No dia 20 de abril, foram realizados na Casa dois eventos simultâneos fortalecendo valores importantes da Escola.
Para fortalecer a cultura da paz, a partir do movimento proposto pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinep), chamado ESCOLAS PELA PAZ, crianças e adultos foram vestidos de branco para a escola e também levaram diversas mensagens, desde poesias a livros, músicas, objetos e plantas. Todas essas mensagens e artefatos que elas trouxeram tiveram o objetivo potente de semear a paz numa egrégora de amor e acolhimento.

Somamos à celebração da paz, a conexão com a expressão ancestral conduzida pela família de Cauã, que é uma criança indígena, do povo Kariri Xocó, estudante do 1º ano do Ensino Fundamental. Junto com sua família, ele faz parte da nossa comunidade desde o ano passado e nos ensina muito através da experiência viva sobre nossas origens e sobre a cultura indígena que luta para sobreviver e ser reconhecida, legitimada e valorizada nos tempos atuais.


Nesse dia, tivemos os seus companheiros de aldeia partilhando um pouco dessa cultura ao longo do dia, através de rodas de música, histórias, oficinas de culinária, pintura corporal e confecção de materiais.

Foram momentos ricos e de afeto para fazer menção ao Dia da Cultura dos POVOS ORIGINÁRIOS (21/04) e reafirmar que as relações indígenas se fazem cotidianamente, sempre com respeito à ancestralidade, como também nos ensina o sentido de matriz africana, sankofa.

Essa foi uma expressão importante da valorização da educação indígena na nossa construção do sentir, pensar e principalmente agir. Pudemos ter a chance de reverenciar as famílias da Casa através do viver nativo ancestral tão generosamente compartilhado pela família de Cauã.
Os seus parentes também expuseram produtos e, quem desejou, pôde adquiri-los como forma de apoiá-los e retribuir essa ação. Nesse dia, famílias da Casa também levaram alimentos não perecíveis para apoiar os irmãos e suas famílias das etnias Fulni-ô, Kariri Xocó e Fulkaxó.

O desfecho mágico dessa vivência compartilhada foi uma roda de conversa para os adultos e celebração com canto, dança e com uma feira de artes indígenas.
Um valioso e simbólico momento em nossa comunidade! Uma manifestação de que continuamos acreditando nas transformações necessárias e em nossa capacidade de sonhar. Isso é o que nos possibilita não deixar de ESPERANÇAR, especialmente nesses tempos em que a esperança realmente precisa ser verbo/ação!
Equipe Casa da Infância.
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